sábado, 24 de outubro de 2009

1º Encontro da Solidariedade Europeia – Solidariedade interna e externa

28, 29 e 30 de Agosto de 2009 – Gometz le Chatel – Paris
(veja fotos do evento no final do texto)

No último fim de semana de Agosto, decorreu nos arredores de Paris, o primeiro Encontro da Solidariedade Europeia, em sintonia com o Encontro de Agosto da Escola Musso. A convite da família Pierre e Marie Calmon e filha Midori, estiveram presentes: o casal Pierre Meheux (França) e Isabel Falla (Colômbia), Bénédicte Calmon, Hélène Calmon, Ritchie Tennant (Inglaterra), Jorge Rebêlo e filha Clara (Portugal).

Foi uma oportunidade para os coordenadores dos eventos que decorreram em Abril/Maio com a presença do Prof. Tomio Kikuchi na Europa, se encontrarem, depois da articulação conjunta que tiveram durante três meses para a organização das palestras e Seminário do Professor em Portugal, França e Inglaterra.

Neste Encontro ocorreram debates, práticas de Ritmoprática, Culinária Vitalizante e Agricultura biológica. Foi uma oportunidade de trocar experiências e vivências, através de realizações práticas, diálogos motivadores, estudo de plantas, e também se visionou o vídeo da presença do Prof. Kikuchi em Portugal. Esta vivência conjunta durante três dias, foi um motivo para fortalecer os laços de solidariedade entre pessoas de vários países, que se encontram num mesmo processo de auto-educação, e estimulou a mentalidade, a afectividade e a voluntariedade.

Numa altura em que a palavra crise anda na boca de todo o mundo, aproveitou-se para uma reflexão, de quão estimulante e oportuna a crise pode ser integrada e motivadora para alavancar a vida de cada um, e de todos em conjunto. Esta reunião fez perceber que a crise mais profunda que se vive na Europa é o auto-isolamento, em que as pessoas estão a cair, cada dia mais distantes entre si e de si próprias, por isso esta necessidade de nos encontrarmos e realizarmos práticas conjuntas, ligados à Natureza.

O local escolhido para o Encontro não podia ser melhor, afastados do bulício de Paris, no campo, próximo de um bosque. Aliás neste pedaço da Natureza, realizámos um belo passeio, seguido de limpeza de uma clareira, onde foi deixado uma montanha de lixo, por quem ali esteve a comer e infestou o local com inúmeras garrafas e embalagens de comida plastificada, e onde se confirma que a intoxicação é sempre simultânea, do ambiente externo e interno.

Ali fizemos um debate interessante e participativo, e onde o Ritchie descobriu um pequeno carvalho a brotar do chão. Resolveu escavá-lo, e para nosso espanto, em relação à sua pequena altura, descobrimos que a sua raiz era muito profunda, foi um exercício hilariante (a raiz parecia não ter fim) o trabalho que deu a desenterrá-lo, pois o Ritchie resolveu levá-lo para plantá-lo num jardim que tem em Inglaterra. A Natureza deu-nos uma bela lição sobre a importância de ter uma parte oculta poderosa como é a raiz, por insignificante que pareça a parte externa deste pequeno carvalho. Assim também senti este nosso Encontro, aparentemente insignificante e com pouca gente, mas importante pela semente plantada dentro de cada participante.

Resolvemos voltar a encontrarmo-nos numa próxima oportunidade, seja em França, Inglaterra ou Portugal, e aproveitando a tecnologia do telefone, correio e Internet, manter o contacto constante, para dar continuidade a este Encontro tão entusiasmante e gratificante.

Da minha parte, grato por toda a hospitalidade francesa, que eu e a minha filha Clara recebemos.

Vivalavanca!

Jorge Rebêlo

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